sexta-feira

Depressão Pós-Parto

Todas as transformações inerentes à gravidez tornam a mulher mais sensível e mais vulnerável. A mulher pode sentir-se mais insegura em relação às suas competências como mãe. Tende a questionar-se se vai conseguir cuidar do bebê e responder às suas necessidades.

Quando o quadro evolui para uma Depressão pós- parto, a mãe apresenta frequentemente sentimentos passageiros manifestos em humor depressivo, crises de choro sem motivo aparente ou desencadeadas por situações que normalmente não teriam tal efeito, irritabilidade fácil, ansiedade, perturbações do sono e do apetite, alguma confusão, sentimentos de inferioridade, rejeição, culpabilidade  e  vivência de cansaço.

Esses sentimentos, quando não cuidados, geralmente, dão origem mais tarde  a comportamentos de hiper-proteção e hiper-presença para compensar a culpabilidade que sente pela forma como tratou ou sentiu o seu bebê inicialmente, afetando assim tanto a relação mãe e filho como o desenvolvimento emocional daquela criança.

Muitas vezes a depressão pós parto não é diagnosticada e só mais tarde quando a criança já é grande, é que se detecta a depressão na mãe. Já não é depressão pós parto mas sim depressão materna que derivou da gravidez mas que não foi reconhecida nessa altura. A mulher sente-se cada vez mais incapaz e que ninguém a percebe.

Fica incapaz de funcionar em qualquer campo e como tal os sentimentos de culpa vão sendo cada vez maiores e alastram-se igualmente para o seu dia-a-dia, ou seja, não consegue fazer nada bem, nem como mulher, nem como profissional.

Neste sentido, torna-se essencial que seja realizado um diagnóstico, logo que se perceba o problema, para que se possa fazer uma intervenção no sentido de restabelecer o funcionamento da mãe, melhorar a relação mãe-bebê e para que mãe consiga compreender e ultrapassar o que tais vivências.

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